Muitas das pessoas foram vistas com o símbolo que o justiceiro usa na camisa. A caveira serviu a alguns para responsabilizar a Marvel. Remeteram que o personagem ou a caveira incentivava os apoiadores de Tramp. Os apoiadores do presidente tinham camisas, botões, chapéus e alguns com a bandeira norte-americana, o símbolo passou a ser colado até mesmo no carro da polícia. De imediato subiu uma campanha pelo fim do uso da caveira pelos policiais.
A campanha começou com o quadrinista Matt Wilson e apoiada por Mags Visaggio outros quadrinistas, com o comunicado de que a Disney doará $5 milhões às organizações focadas em justiça social. E sugeriu que a Marvel processasse a polícia por uso indevido do símbolo, o dinheiro arrecadado seguiria convertido para os movimentos que lutam pôr justiça social. Kat Verhoevem sugeriu que o símbolo fosse colocado em pauta, pois para ele representaria um símbolo de ódio.
Em resposta se pronunciou o escritor de maior sucesso a frente do personagem, Garth Ennin que falou sobre a invasão ao capitólio e referindo-se aos policiais onde muitos estavam usando o símbolo da caveira do justiceiro, disse:
“Eles não pensam sobre o símbolo do justiceiro mais que os idiotas que eu vi na quarta-feira, aqueles abanando as estrelas e listras enquanto invadiam o prédio do Capitólio”.
A tentativa da Marvel em amenizar o assunto e de não perder os títulos do personagem veio em uma de suas hqs “justiceiro: rua a rua quadra a quadra vol. 4” o personagem aborda policiais e fala do conceito de justiça e a diferença que ambos têm.
As medidas para amenizar essa propagação de uso da caveira do justiceiro levou a empresa Marvel comics também a postar vários desenhos e vendas de camisas com a caveira do justiceiro com nome Black Lives Manter (vidas negras importam); e também com as cores do arco-íris, símbolos de grupos de movimento sociais. A campanha foi iniciada pelo próprio criador Gerry Conway.
O grupo Black Live Mantter é um movimento ativista internacional com origem na comunidade afro americana, foi fundado em 13 de julho de 2013, tem sede nos EUA e seus fundadores (a) são: Alicia Garza, Patrisse Cullors, Opal Tometi, o movimento tem por causa a luta contra a morte de pessoas negras. O mesmo movimento tem inspiração em outros movimentos como: Black Pawer, Feminista Negro dos anos 80, no pan-africanismo, antiapartheid, hip hop e nos movimentos sociais LGBTQ e Wall Street.
O Justiceiro já foi acusado de fascista nas histórias do Capitão América pela Viúva Negra na saga: Império Secreto e quando vestiu a armadura do Máquina de Combate no título Justiceiro: Máquina de Combate vol. 4.
Em um dos seus títulos Frank Castle é criticado, como podemos ver na edição onde acontece o crossover com San Wilson o novo Capitão América. O roteirista entende que suas histórias incentivam as pessoas a se armar. Quando na realidade para Justiceiro o que importa é sua guerra.
Em uma das edições do título das revistas superaventuras Marvel de 1992 n° 162 “Controvérsia” uma crítica aos movimentos socialistas, que queria depender do governo federal.
“… eu consegui Percy! Me livrei do bem estar social, abri meu próprio negócio e agora sou rico!”
Um radialista com ideias conservadoras é coagido por expressar sua opinião. Vários movimentos em frente ao seu prédio protestam contra o radialista, o chamam de “porco fascista, tirano, racista, machista, xenofóbico etc”.
Com xingamentos de todos os lados e uma guerra ideológica prestes a explodir mais ainda, o Justiceiro livra o radialista conservador de um atentado. O radialista fala que por ter sua opinião, de não defender idéias sociais, era perseguido por diversos movimentos radicais à esquerda.
Após salvar o radialista conservador Frank Castle se posiciona em relação às ideias de Percy, ele diz:
“[…] Eu só estou ajudando porque sou a favor da liberdade de expressão, não que concorde com tudo que você pensa!”
No fim o Justiceiro acaba lutando com pessoas armadas do movimento radical e uma guerra começa, até o Justiceiro salvar a vida novamente do radialista. Frank desmonta o grupo que queria a morte do radialista por simplesmente opinar. A história termina com uma famosa frase de Voltaire.
“Posso não concordar com nada do que tu dizes, mas defenderei até a morte teu direito de professar tua opinião.”
Voltaire.
Atualmente não se sabe em qual título o personagem deverá aparecer. Mas tudo indica que vai dar as caras com uma nova equipe, mas sem o símbolo que é sua identidade, a caveira. Imagina vender quadrinhos sem os símbolos dos personagens de super-heróis? Superman sem seu “S” ou o aranha sem aranha?
É imprescindível que uma sociedade saiba e não confunda ficção com realidade. Se você não gosta de alguma coisa deve-se respeitar quem gosta, e se alguém tiver uma opinião diferente da sua, não pode ser preso ou morto por isso, tão pouco perseguido ou cancelado. Muitos tiranos começaram assim, nos privando da nossa liberdade de pensamento e de nossas vidas, isso pode custar a uma sociedade tudo que ela mais tem, que é sua liberdade e seus valores.
Fim.
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