Michael Abrash, cientista chefe da Oculus, acredita que Realidade Virtual e Realidade Aumentada transformarão o mundo nos próximos 50 anos tanto quanto computadores e celulares o fizeram nas últimas décadas.
“Acredito que RA e RV serão as tecnologias dominantes do nosso tempo”, disse em entrevista coletiva com a imprensa da América Latina. “Isso mudará os próximos 50 anos exatamente como a computação mudou os últimos 50.”
De acordo com Abrash, o principal fator que levará ao crescimento da importância dessas tecnologias será a imersão humana no mundo digital por meio dos sentidos de maneira mais significativa do que apenas telas.
“Trabalho remoto colaborativo é um dos nossos focos para a nova geração de Realidade Virtual”, afirmou. “Isso poderia levar a um profundo e positivo impacto na maneira como vivemos. Trabalho colaborativo de qualidade significaria que muitas pessoas não precisariam mais viver perto de onde trabalham. Elas poderiam viver próximas à família, onde casas são mais baratas ou, simplesmente, onde quisessem.”
A previsão dele é de que apenas viver o mundo digital por meio de uma tela de toque deixará de ser o suficiente; pessoas buscarão maneiras mais “realistas” de aproveitar a realidade digital — o que, segundo ele, levaria também ao aumento da produtividade no ambiente de trabalho, por exemplo, por meio de ambientes digitais em que as pessoas poderão se ver usando avatares realistas e convivendo em ambientes idem.
“O que precisamos é de maneiras mais naturais e intuitivas de interagir com os nossos dispositivos e acessar informações, sem que isso prejudique a nossa conexão com as pessoas que estão ao redor.”
Por enquanto, não há informações a respeito de quando novas tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada serão lançadas no Brasil. Contudo, o escopo de produtos em que se trabalha atualmente vai desde óculos inteligentes e óculos de Realidade Aumentada até uma pulseira que serviria para transmitir informações aos óculos com o objetivo de criar uma interface de comando semelhante ao toque, mas sem que a pessoa toque algo físico, de fato.
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