Um fato indiscutível é que a temporada de 2019/2020 das series do arrowverse está marcada. Além da Crise nas infinitas terras, megacrossover que atingiu diversas outras series da Dc Comics, também por ter algumas com produções afetadas pela pandemia. Entretanto, há um outro marco dessa temporada, sendo esse, porém, indelicado: a falha com o Brasil.
Isso aconteceu em duas situações. Começando em Supergirl, no episódio 17, focado em mostrar Lex Luthor depois da crise. Em um momento, quando ele está em coletivas de imprensa em diversos países, um deles é São Paulo, no Brasil. Porém, há um erro, uma vez que o fundo mostra o bairro da Lapa, ponto turístico do Rio de Janeiro. Confira o momento abaixo:
O segundo acontece em Flash, mas propriamente com uma personagem: Allegra Garcia, apresentada como uma meta humana latina, que era membro de uma gangue com sua prima Esperanza, que também se torna meta e possui os mesmos poderes de Allegra, recebendo o codinome de Ultravioleta.
Nos quadrinhos, a personagem é brasileira, nascida no Amazonas. Ela herdou os poderes do pai e Esperanza é sua mãe adotiva, com quem vive no Rio de Janeiro.
Em adaptações, é comum alterações de características de personagens, que podem ser bem recebidas, ou criticadas, principalmente se não houver um porque para a mudança.
Nesse caso, onde Allegra é mostrada como uma latina de língua hispana, que dá mais representatividade aos latinos, assim como Cisco Ramon, faz parecer correto. Entretanto, ao não adapta-la como brasileira, ainda mais dela não falando português pelo menos, tira um outro tipo de representatividade pouco falada: a de personagens vindos de outros países.
Estamos em uma época que muito fala de trazer mais representatividade, com Raio negro e Batwoman conseguindo o máximo, com Raio negro trazendo um elenco majoritariamente negro e Batwoman falando para a população LGBT. Entretanto, um fato é que há heróis de outros países nos quadrinhos e, alguns, já deram a cara no arrowverse, com suas nacionalidades sendo mantidas, entre eles: Constantine, Astra Longue e Manchester Black(Inglaterra); Ra´s Al Ghul, Nissa Al Ghul e Thalya Al Ghul(Nanda Parbat); Tatsu, Maseo e Kimiyo(Japão); Kufu, Shayera e Vandal Savage(Egito); Anatoly, Konstantine (Rússia); China White(China); Mari Cabe, Kuasa e Amaya Jiwe(Zambesi); Filha vermelha(Kasnia); Charlie, Artropos e Laquese(Grécia)…
Mesmo acontecendo certo estereotipo na composição deles, ainda assim, cada um desses personagens trouxe representatividade(embora Kasnia e Nanda Parbat sejam ficticias), algo que é importante para aqueles que assistem em outro país.
Ao não trazer isso em Allegra, tornando a mais uma latina de língua hispana, tiraram dos Brasileiros uma chance de se sentirem representados. E, com o erro geográfico em Supergirl, mostram pouco valor ao falar do país, o que é muito triste, principalmente pelo povo brasileiro ser conhecido por seu jeito caloroso e acolhedor.
Fica a espera que, nas próximas temporadas, não cometam erros parecidos com outros países. Assim também, de que tragam um herói brasileiro, quem sabe Beatriz da Costa, a heroína Fogo, embora seu nome civil tenha sido mencionado em Flash, no episódio da 21 da primeira temporada, aparentemente morrendo na explosão do Acelerador de partículas. Também na segunda temporada, entre os meta humanos que fazem parte do exercito do Zoom, há uma meta em chamas verdes, talvez uma sósia dela. A personagem é conhecida também pela parceria com a heroína Gelo, tendo ambas aparecido em Liga da justiça sem limites.
Foto da heroína Fogo:
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