Uma ação coordenada da Interpol com autoridades de segurança de 20 países, prendeu 1,003
pessoas por participação em esquemas de cibercrime. Os criminosos faziam parte de grupos
que aplicavam uma série de crimes virtuais, desde scams de romance, fraudes de
investimento, lavagem de dinheiro e redes de apostas ilegais.

Ao todo, estima-se que a soma das quantias levantadas pelos atores seja de US$ 27 milhões —
cerca de R$ 152 mi, na conversão de hoje. O dinheiro estava espalhado entre 2,350 contas,
ligadas a diversas fraudes online.

Intitulada HAEICHI-II, a operação levou quatro meses nos territórios de Angola, Brunei,
Cambodia, Colômbia, China, Índia, Indonésia, Irlanda, Japão, Coréia do Sul, Laos, Malásia,
Filipinas, România, Cingapura, Eslovênia, Espanha, Tailândia, Vietnã e também nas Ilhas
Maldivas.

Interpol deteu grupo que usava Round 6 em scam

Muitos dos detidos na ação eram responsáveis pelos ataques mais proeminentes do
momento. Segundo a Interpol, a operação HAECHI-II detectou uma tendência do cibercrime
em usar a série Round 6 como tema de seus ataques, seja na disseminação de malwares, seja
em campanhas de phishing.

“Scams online como esses que se apoiam em apps maliciosos, evoluem tão rápido quanto as
tendências culturais que eles exploram oportunamente”, afirmou o Diretor Assistente de
Redes Criminais da Interpol, José De Gracia, ao BleepingComputer.
Nas ações, o grupo usava trojans e adwares disfarçados de jogos mobile da série da Netflix,
aproveitando para roubar dados do usuário, ou ainda, inscrevê-los em “serviços premium” e
inflando suas contas sem autorização.

Outro dos golpes detectados pela polícia internacional envolvem um phishing (roubo de
credenciais) utilizado contra uma empresa têxtil colombiana, roubando US$ 16 milhões —
cerca de R$ 90 mi — dos cofres corporativos. A ação das autoridades de segurança estornou
94% do valor, impedindo que a empresa fosse à falência.

Por fim, contas de laranja na China foram identificadas com aproximamente US$ 800 mil,
todos extraídos de golpes em uma empresa eslovena. O valor foi devolvido pelas autoridades
chinesas, que trabalharam em conjunto com a Interpol na operação contra o cibercrime
transnacional.

Imagem: fongbeerredhot/Shutterstock

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