O que se viu até hoje do planeta Marte tem muitas semelhanças com áreas de deserto na
Terra, mas por lá as coisas foram bem mais radicais.
Um novo estudo da Nasa concluiu que o clima marciano pode ter passado por diversas eras de
gelo, e também enfrentado alterações massivas causadas por “super erupções” ocorridas
durante um intervalo de tempo de 500 milhões de anos, mas isso tudo deve ter ocorrido há 4
bilhões de anos.
Segundo a agência, a região do planeta vermelho conhecida como “Arábia Terra”, tem
evidências de que as tais “super erupções” foram do pior tipo que existe, com Índice de
Explosividade Vulcânica acima de 8.
Elas teriam expelido enormes quantidades de vapor de água, dióxido de carbono e dióxido
sulfúrico no ar, além das explosões em si terem alterado permanentemente a topologia do
terreno de Marte.
Segundo os dados divulgados pela Nasa, seria algo como se na superfície do planeta existissem
400 milhões de piscinas olímpicas, cheias de rocha derretida e gás, e tudo isso espalhando
cinzas e lava por “milhares de quilômetros” ao redor dos pontos de explosão. Para fins
comparativos, super erupções na Terra não passam de dezenas de quilômetros.
Antes desse estudo, se acreditava que as depressões da região haviam sido causadas por
impactos de asteroides. Mas agora se sabe que a área foi literalmente escavada pelo material
despejado pelos vulcões.
O único fato ainda sem resposta é a causa da existência de tantos exemplares do mesmo tipo
de supervulcão explosivo concentrados na região de Arábia Terra.
Uma tese é a de que as movimentações geológicas de Marte não tenham sido suficientes para
separar esses indivíduos super explosivos, como cientistas afirmam que pode ter acontecido
na Terra.
Hoje o nosso maior super vulcão é o Mauna Loa, no Havaí. Mas há quem afirme que, em
tempos antigos, ele não estava sozinho, e seus “irmãos” foram quebrados em versões
menores ou sumiram por completo com o afastamento continental provocado por falhas
geológicas.
Fonte: NASA
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