Em 2021, a Terra está girando ligeiramente mais rápido, 0,5 milissegundos mais rápido por dia, em média. Pode parecer um número irrelevante, mas ao longo dos meses, esse valor se acumula e cientistas já estão considerando “subtrair” um segundo do ano para que o tempo atômico corresponda ao tempo solar, o que seria chamado de “segundo bissexto negativo”.

Isso se deve ao fato que satélite e equipamentos de comunicação dependem que o tempo verdadeiro (atômico) esteja alinhado com o solar, que é determinado pela posição das estrelas, Lua e Sol. Para que essa relação harmoniosa permanecesse, pesquisadores do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra passaram a adicionar um “segundo bissexto” no fim de julho ou de dezembro.

Nas últimas décadas, um total de 27 segundos bissextos foram adicionados, sendo o mais recente em 31 de dezembro de 2016. Essa seria a primeira vez que seria necessário subtrair um segundo.

Entretanto, essa é uma discussão que ainda está em andamento. Segundo Peter Whibberley, pesquisador sênior do National Physical Laboratory no Reino Unido, em entrevista ao Telegraph:

“É certamente correto que a Terra esteja girando mais rápido agora do que em qualquer momento dos últimos 50 anos. É bem possível que um segundo bissexto negativo seja necessário se a rotação da Terra aumentar ainda mais, mas ainda é cedo para dizer se isso vai mesmo acontecer.”

Ele também esclareceu que há discussões em andamento sobre o futuro dos segundos bissextos e é possível que a necessidade de um segundo bissexto negativo faça com que os segundos bissextos sejam extintos para sempre.

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