Um foguete Soyuz deixou o cosmódromo Plesetsk, na Rússia, no último sábado (5), carregando o satélite militar de inteligência “Neitron”. De acordo com o serviço “NOTAM”, o lançamento contou com uma inclinação de 67º de latitude, o que deixaria o objeto em uma posição otimizada para missões de reconhecimento.
As informações sobre o satélite e sua órbita, no entanto, são sigilosas devido à natureza confidencial da missão russa. O que se especula, no entanto, é que ele receberá a companhia de um irmão – o satélite possivelmente chamado Tekhnolog – em um futuro próximo.
O Neitron foi criado pelo NPO Mashinostroyeniya, um escritório governamental russo que também leva o crédito pela linha de satélites Kondor, que produz imagens detalhadas da Terra. Originalmente, ele deveria ser lançado em 2018, mas problemas técnicos acabaram empurrando o seu voo para quatro anos depois.
A operação de lançamento foi conduzida pela Vozdushno-Kosmicheskiye Sily (VKS), as forças aeroespaciais russas, ligadas ao exército do país governado por Vladimir Putin. O órgão foi criado em 2015, resultando da fusão entre a força aérea e a força de defesa aeroespacial. Uma de suas inúmeras atribuições é a criação de mecanismos de defesa contra mísseis – o lançamento de satélites de monitoramento e imagem é parte disso, então há quem especule ser essa a finalidade do Neitron.
O governo russo não comentou o lançamento, mas um segundo foguete Soyuz deve levantar voo na próxima semana, desta vez operado pela Arianespace e carregando uma série de satélites da plataforma de internet OneWeb.
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