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O fim da primeira temporada de Kakegurui deixa em aberto alguns pontos que, sendo desenvolvidos, trariam uma experiência de profundidade à trama. Apresentar o background de Yumeko Jabami, como os “Planos de Vida” ocorrem de fato e as relações sociopolíticas fora da escola, enriqueceria o enredo com sentidos e complexidade. Se você tivesse apostado nisso, perderia.  Esse não foi o caminho escolhido para a segunda temporada.
O anime apresenta novos personagens que entrariam na escola afim de disputar a presidência do grêmio, bem como a liderança do clã Momobami, ambos ainda sob o poder de Kirari Momobani. Este clã é composto por várias famílias, com sobrenomes terminados em “bami”. E sim, a família Jabami seria parte da ramificação desse clã.

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Tudo isso se organiza por meio de eleição, mas os votos são emitidos como moeda de troca em apostas. O anime segue o esquema de ter um ou dois episódios voltados a uma única partida, onde se toma a maior parte do tempo com as explicações técnicas de funcionamento do jogo, trapaças e estratégias e a outra parte fica por conta do drama, teatralidade e exagero que busca – desesperadamente e sem tato – transmitir o êxtase do jogo.
O trabalho do anime acerca do poder também se direciona mais às relações de confiança e liderança, trazendo cenas importantes onde a vitória só ocorre com cooperação, seja por amizade e confiança, seja por medo e interesses individuais.
A trama geral é lenta e com uma lógica de realidade pouco construída. Os episódios se tornam maçantes e previsíveis, pois já sabemos o resultado final de cada partida, o que entretém é descobrir como vai acontecer, sem suspense algum. Mas vejamos pelo ponto positivo, é um anime que você não sofre com spoilers.

A outra motivação para seguir assistindo é a fé de que em algum momento haverá um aprofundamento dos personagens, suas motivações e história. É compreensível que o anime seja apreciado pelos aspectos estratégicos apresentados, pela diversidade e dinâmica de tipos possíveis de jogos e também pelo investimento artístico em comunicação das expressões – mesmo que a dose acerte muito pouco na produção de identificação e empatia. Mas em enredo é um anime aguado, que pode ser compreendido sem muita atenção ou esforço. É raso.
Há previsões de que a terceira temporada sairá este ano. O que esperar? Façam suas apostas.

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