Olá, tudo bem!? Seguimos com doses de inspiração para seus personagens de RPG.
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Sendo o sexto filho de meu pai, restou-me os estudos. Estava fadado a servir como administrador para algum dos meus “amados” irmãos, e assim teria sido se não fosse uma festa, uma, duas, tá bom, algumas dezenas de canecas de uma razoável cerveja anã.
Entendam, minha família é de forjadores, e uma hora ou outra essa vontade de criar algo contida em meu sangue despertaria.
É claro que, no dia seguinte a minha pequena degustação, procuraria o mestre cervejeiro para demonstrar como aquela cerveja razoável poderia se tornar incrivel.
E é claro que ele, nada gentilmente,solicitou que me retirasse do seu estabelecimento. Ao menos aprendi muitos insultos na lingua anã nesse dia.
Papai fazia questão de almoçar com os filhos para que fosse atualizado sobre os negócios da família. Todos à mesa, os criados começaram a servir o almoço. Meus irmãos falaram, e então foi minha vez. A sobremesa já estava sendo servida, e eu tentava convencer meu pai, o líder da guilda dos armeiros, a investir em uma cervejaria. Papai me olhou friamente, se manteve calado, o almoço continuou como se nada tivesse acontecido, e eu sabia que era a deixa para que eu me calasse e nunca mais tocasse naquele assunto. E foi quando escutei uma voz em minha mente:
– Aceita torta de amoras mestre Darns? Perguntou uma criada.
O mestre cervejeiro não queria um sócio, minha família não estava disposta a expandir os negócios, e lembram das palavras de papai:
“- Nossa família não gera inúteis.”
Eu precisava encontrar meu lugar, e sozinho.
O nome da minha família era respeitado, até demais… Muitos me fecharam as portas por não quererem problemas com meu pai.
Pergunta: Onde se busca respostas para dilemas da vida? Resposta: Na taverna!
Sempre gostei da boemia, e de balcão em balcão, conheci gente nova, aprendi a tocar, cantar e encantar pessoas. E na medida que encantava as pessoas, auxiliado pela razoável (poderia ser incrível) cerveja que se servia na cidade, percebia que informações eram mais facilmente coletadas, se é que vocês entendem. Uma música, umas cervejas, uma noite de amor e os planos da “Caravana” caíram no meu colo.
Com a rota comercial do Caminho Dourado fechada em virtude da guerra no norte, algumas das grandes familias mercantes de Amn, pretendiam organizar uma expedição, algo grande, que estabelecesse uma rota pelo sul do continente. Lembram que eu disse que o nome da minha família era respeitado? É claro que nós, os Redhorn, não ficaríamos de fora dessa “Caravana”. Negociei a participação de nossa família, e o fato de meu pai e meus irmãos não saberem disso era apenas um detalhe .
Acordo feito, era a hora de andar com minhas próprias pernas. Embarquei no “Lamento da Donzela” como representante de minha família, ou quase, e deixaria claro para meu pai e meus irmãos que nossa família não gera inúteis.
Ps- O cozinheiro do navio tem um tempero razoável, mas pode se tornar incrível…
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