Por Fabão do @Historiassobrehistorias.
Mais uma vez preciso me apropriar da obra do grande “bardo” Paulinho da Viola: “Sem preconceito, ou mania de passado, sem querer ficar do lado de quem não quer navegar”.Os primeiros 5 anos dos meus 28 anos de RPG, foram vividos no modo “full nerd pobre”. Miniaturas, mapas coloridos, grids e por muitas vezes, até os dados eram artigos de luxo.
Graças aos deuses, o tempo melhorou muitos aspectos dessa jornada.
Hoje, não há o que se reclamar do “RPG moderno”. Os VTTs, playlists, diversos servidores, mestres de aluguel, entre outras maravilhosas comodidades, lançaram luz, som e cor sobre um mundo sombrio.
Isto posto, pergunto: Sem as ferramentas modernas, a imersão no RPG é menor? Estaríamos perdendo a capacidade de imaginar sem uma referência?
O quê as senhoras e senhores pensam sobre o assunto?
Podemos notar que, principalmente na internet, a galera escreve e fala muito mal. E correndo o risco de cancelamento por parte do pessoal que entende qualquer forma de expressão como válida, arrisco-me a inferir que o escrever e falar “mal” da cidadão médio é reflexo da falta de leitura, e consequentemente falta de vocabulário da pessoa.
Mas Fabão, que diabos isso tem a ver com RPG?
Eu respondo: Tudo. Ao meu ver, quanto menos sê lê, menos você consegue viajar em seus mundos imaginários, e a necessidade de um “guia”, de referências visuais e estímulos sensoriais fica mais notória. Observe que isso não é necessariamente ruim, visitar Nova York com um guia é excelente, mas não se compara ao prazer das descobertas espontâneas em uma viagem com amigos queridos com apenas uma mapa da cidade na mão. A arte do cara famoso é incrível, mas a descrição dada pelo meu narrador na mesa de jogo tende a ser memorável. Estas são minhas humildes pontuações sobre o tema.
Termino repetindo a pergunta: Estaríamos perdendo a capacidade de imaginar?
Inspirem-se! E vamos contar histórias! Noobinhos.
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