sinopse:

Aos dezoito anos de idade, Erich Maria Remarque (1898-1970) conheceu as trincheiras alemãs da Primeira Guerra Mundial. Foi ferido em três ocasiões. Saiu do conflito profundamente marcado e perplexo com a crueldade da guerra. Durante a década de 20, enfrentava a insônia carregada de fantasmas tomando notas sobre os horrores que viu e viveu no front. Os rascunhos formavam o núcleo de um romance. Publicado em livro no ano de 1929, “Nada de novo no front” firmou uma posição radicalmente pacifista em um mundo que ainda via a guerra como uma alternativa política e determinou o perfil antibelicista que habita a literatura ocidental até hoje.

 

Autor: Erich Maria Remarque.

 

Erich Maria Remarque, pseudónimo de Erich Paul Remark (Osnabrück, 22 de junho de 1898 — Locarno, 25 de setembro de 1970) foi um escritor alemão. Erich Paul Remark nasceu no seio de uma família trabalhadora católica alemã. Com 18 anos partiu para as trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, onde foi ferido várias vezes. Depois da guerra mudou o seu nome para Remarque e teve diversos empregos, incluindo bibliotecário, homem de negócios, professor, e editor.

Em 1929, Remarque publicou o seu trabalho mais famoso Im Westen nichts Neues (A oeste nada de novo em Portugal e Nada de novo no front no Brasil), com o pseudónimo Erich Maria Remarque (mudando o seu nome do meio em honra da sua mãe). Escreveu mais alguns livros de conteúdo semelhante, numa linguagem simples e emotiva, que descrevia a guerra e o pós-guerra. Em 1933, os nazis baniram e queimaram os livros de Remarque. A propaganda do partido afirmava que ele era descendente de judeus franceses, e que o seu verdadeiro nome era Kramer (o seu nome original lido de trás para a frente). Há ainda algumas biografias que afirmam isto, apesar da falta de provas. Viajou para a Suíça, em 1931, e em 1939 emigrou para os Estados Unidos, com a sua primeira esposa, Ilsa Jeanne Zamboui, com quem se casou e divorciou duas vezes. Tornaram-se cidadãos estadunidenses em 1947. Por fim, casou com a atriz Paulette Goddard, em 1958, e permaneceram casados até à data da sua morte em 1970, na Suíça.

É o primeiro romance a tratar da guerra por uma ótica pacifista, e não pela ótica do heroísmo militar. Lançado em 1929, foi desde o início um best-seller internacional e deu início a uma linhagem que perdura até os dias de hoje. Contando a história de um jovem alemão que é levado a se juntar ao esforço de guerra e se alistar para lutar nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, é absolutamente emocionante e pungente, facílimo de ler.  Mostra a guerra não em momentos decisivos ou grandiosos, mas em experiências comezinhas vividas pelos soldados e pelas pessoas comuns, a quem a guerra só faz sofrer. O próprio autor sofreu na carne as experiências da guerra: durante a Primeira Guerra Mundial, foi ferido três vezes; mais tarde, na Alemanha nazista, teve seus livros proibidos e queimados. 5) É um dos grandes clássicos da literatura alemã do século XX. Título ideal para ser trabalhado em escolas, problematizando questões como guerra, paz, tolerância, convívio com os outros.  A expressão “nada de novo no front” tornou-se folclórica e está presente no imaginário popular.  Foi adaptado para o cinema pelo cineasta Lewis Milestone em 1930, venceu o Oscar de melhor filme e diretor, além de ter concorrido em outras categorias.

 

Minha reflexão do livro.

 

 

Esta obra é complicado de se ler. Não por ser mal escrito, enredo ruim, etc. Longe disso, é complicado pela carga e choque de realidade na qual somos inseridos. A história é tão bem narrada e escrita que me sentia junto com a companhia dos sete. Os amigos inseparáveis, com sua rebeldia de adolescente ainda manifestava durante o conflito suas ânsias de viver nos seus termos. Um por um, vão se perdendo como folhas para o vento. Sentimos sua dor e o desespero que a guerra traz.
Nenhuma esperança para os que lutam. De baixo do sol e chuva à artilharia castigava. O gás trazia punição. As metralhadoras matracavam com línguas de fogo seus alvos. No meio disso tudo, apenas existem humanos. Paul Baumer após uma epifania descobre que os franceses são iguais a ele. Descobre que os Russos também choram por seus amigos.
Através de uma reflexão e profunda visão filosófica ele questiona o papel do estado, governantes e o povão. O povão é o mesmo em qualquer país. São os estados governados pelos líderes que fazem as guerras. O sapateiro, marceneiro, engraxate, padeiro, açougueiro nada querem além de viver e trabalhar. Mas, são eles e seus filhos que lutam um combate que nem ideia tinham. Fechei este livro com sentimento triste. Incontáveis gerações perdidas. Mar de almas sucumbidas no abismo do desespero e dor. O livro não traz um final feliz. Pelo contrário, apresenta o final real e cruel da vida.

Frases do autor:

 

  1. O amor não suporta explicações. Requer ações.

  2. Qualquer amor busca ser eterno. E esse é seu eterno tormento.

  3. Mulheres se tornam mais sábias com o amor. Homens perdem a cabeça..

  4. Falar sobre felicidade não me toma mais que cinco minutos. Não há nada mais a dizer além de que você é feliz. E sobre as desgraças, as pessoas falam a noite inteira.

  5. Enquanto um homem não se rende, é mais forte que seu destino.

  6. “Nada está perdido”, repeti a mim mesmo. “Só se pode perder uma pessoa quando se morre”.

  7. Quanto menos você se gaba, mais você vale.

  8. Uma mulher não precisa dizer a um homem que o ama. Bastam os olhos reluzentes e felizes. Eles dizem mais que mil palavras.

  9. Ás vezes é melhor romper com os princípios que não lhe darão nenhuma alegria.

  10. Aconteça o que acontecer, não leve tão a sério. Muito poucas coisas importam por muito tempo

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