sinopse:

Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge grandes proporções e provoca uma resposta igualmente agressiva de um governo totalitário. Ao lado de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, Laranja Mecânica é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século 20. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, o livro é uma obra marcante que atravessou décadas e se mantém atual.

 

Autor: Anthony Burgess

 

John Anthony Burgess Wilson foi um escritor, compositor e crítico britânico. Prolífico e controverso, grande parte da sua obra ainda permanece no anonimato, sendo lembrado principalmente pelo décimo oitavo livro, Laranja Mecânica. Seus livros, críticas e resenhas são marcados por grande sátira social.

Burgess cedo ficou órfão de mãe, vítima da gripe espanhola. O pequeno John foi, desde então, criado por uma tia e, mais tarde, pela madrasta. Estudou literatura e língua inglesa na Universidade de Manchester. Foi compositor, serviu por seis anos ao exército inglês na II Guerra Mundial e tornou-se oficial na Ásia e, mais tarde, professor, trabalhando inclusive para o Ministério de Educação na Malásia. Com a luta pela independência da Malásia o deixando desempregado e tendo sido diagnosticado com um doença fatal, Burgess entrou em frenesi literário em 1959, preocupado em deixar sua esposa sem recursos financeiros. A previsão médica estava errada. Ele viveu até 1993, enquanto sua esposa, Llwela Isherwood Jones, morreu de cirrose hepática em 1968. No mesmo ano, Burgess casou-se com Liliana Macellari, uma linguista e tradutora italiana, com quem conviveu até sua morte.

A mais célebre fábula de ficção científica de Anthony Burgess, “Laranja Mecânica”, é um libelo pelo livre-arbítrio. Burgess preocupava-se com a ampla utilização do behaviorismo em clínicas, consultórios e prisões. O aumento a delinquência juvenil tanto no Ocidente capitalista quanto na Rússia soviética foi outro catalisador do livro cuja língua, inclusive, é um inglês russificado, de gírias abundantes. O autor retornou ao tema de Laranja Mecânica em Enderby Outside (1968) e A Clockwork Testament, or Enderby’s End (1974), livros que tiveram fria acolhida.

 

Adaptação cinematográfica:

 

Clássico de 1971, laranja mecânica foi produzido e dirigido por Stanley Cubrick, com um roteiro adaptado do livro de Anthony Burgess que leva o mesmo nome, o filme se passa em londres no futuro, o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, é detido pela polícia. Preso, ele recebe a opção de participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.

Dirigido por: Stanley Kubrick
Produzido por: Warner Bros.

Atores:

Malcolm McDowell
Filme disponível: HBOMAX
Trailer : Aqui

Vamos ao livro: Laranja Mecânica.

 

 

 

Laranja mecânica é um romance diatópico do ilustre escritor, compositor e crítico britânico, Anthony Burgess. Publicado em 1962. Se passa na sociedade inglesa de um futuro diatópico. Possuindo uma cultura muito violência juvenil. O anti-herói Alex narra em primeira pessoa sua jornada repleta de violências e experiências com as autoridades do estado. Que possuem a intenção de reformá-lo! O autor criou uma espécie de língua denominada “Nadsat”. Uma gíria influenciada pelo russo e inglês. Algumas pessoas encaram como uma sátira à sociedade inglesa.
Terminei tal distopia com aquele sentimento de que tipo de mundo queremos. Durante toda leitura fiquei em dúvida se odiava o Alex ou com pena. Que magnifica narrativa! O autor te faz odiar um ser desprezível e depois ficar com pena dele. Realmente, este livro é uma prova das boas essências. Vale muito a penar conferir. Li, como foi feito para ler. Sem ler o glossário. Me causando muita estranheza. Cai em um mundo diferente, cheio de violência e linguagem diferenciada. Porém, com o desenrolar acabei acostumando e entendi tudo.
Vale lembrar que bem no início o livro apresenta um texto do tradutor (Fábio Fernandes) de maneira didática, explicando como foi a tradução e motivos de terem usado termos e outros não. Também exemplifica o quão complexo as gírias são. Como disse acima, tomamos um susto com esse “novo idioma”, mas é lendo para entender.
O autor elaborou de maneira brilhante o vocabulário de gírias usados pelos jovens rebeldes dentro da história. A linguagem Nadsat, inventada com intuito de passar a sensação aos leitores, que somos velhos e somos ultrapassados demais para entender os adolescentes.
Algumas palavras:
Nadsat: Adolescente
Appypolly loggy: Apologia
Baboochka: Velha
Baddiwad: Mau
Banda: Banda
Bezoomy: Maluco
Biblio: Biblioteca
Bitva: Batalha
Bog: Deus
Bolnoy: Doente
Bolshy: Grande
Bratchny: Bastardo
Bratty: Irmão
Britva: Navalha
Brooko: Abdómen
Brosay: Lançar
Bugatty: Rico
Cal: Merda
Câncer: Cigarro
Bugatty: Rico
Cal: Merda
Câncer: Cigarro
Cantora: Office
Chai: Chá
Charlie: Capelão
Chasha: Taça
Chasso: Guarda
Cheena: Mulher
Cheest: Lavar
Chelloveck: Homem
Chepooka: Sem sentido
Choodessny : Maravilha
Chumble: Gagueja
Laranja mecânica mereceu seu lugar entre os clássicos. História que traz para o centro de visão a violência, de maneira reflexiva. Alex, nosso personagem principal e narrador, é uma cobaia de um experimento, com intuito da correção de comportamento violento por meio de estímulos. O autor coloca em xeque nosso poder de escolha, mesmo que seja para o mal, humanos ou maquinas? Não precisamos recuar muito na história humana para ver os campos de reeducação. Na nossa sociedade atual ao redor do globo, existem uma quantidade assustadora, nesse momento que você, leitor, lê tal matéria.

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