Como prometido, após um grande resumo dessa temporada finalmente chegamos nas resenhas por episódio. Já posso adiantar a importância narrativa existente nele. Também deixarei claro que irei focar apenas na animação; caso queiram alguma avaliação da temporada comparado com o que temos do mangá atualmente, ficarei feliz em fazer a análise dos pontos fortes e fracos do anime como uma adaptação.
Agora sem rodeios, vamos para o episódio de hoje: Souma, Liscia, Kaede (Da raça das Raposas Místicas; aqui deixo uma correção sobre Tomoe, a quem chamei afirmei ser da raça dos homens cães, quando na verdade ela é da raça dos Lobos Místicos), Halbert Magna e Aisha. Enquanto Kaede, recém-promovida por sua demonstração de inteligência no episódio anterior, coordena as construções de novas redes de estradas Halbert; também chamado de Hal; ajuda no trabalho braçal como os outros (esse por outro lado, foi poupado de execução após ir contra ao Rei Souma).
É interessante notar como os episódios começam, uma avaliação do mundo. Porém essas avaliações vêm do próprio Souma que analisa como funciona o avanço tecnológico unido à magia. Existe pólvora mas não é usada em armas de fogo como pistolas, já que a magia existente já supre a necessidade, logo, a pólvora é usada em canhões para navios de guerra, já que é problemático uma luta focada em magia pelo mar. Já os navios, não possuem tecnologia de locomoção própria, visto que nunca houve a necessidade de uma revolução industrial, mas são compensados por feras marítimas que os puxam. É interessante como o anime nos apresenta os conceitos desse mundo pela visão de Souma, já que ele vem do “nosso” mundo, e é tão normal quanto nós. Então suas reflexões são compreensíveis, mesmo que ele ainda tenha dificuldade em compreender tudo. Ao mesmo tempos isso demonstra como ele vai adaptando suas ideias para melhorar tudo que pode no mundo o qual reina agora. Se antes já era inteligente de sua parte usar ações lógicas para nós, e enormes para os habitantes de Elfrieden, agora seu raciocínio é muito mais detalhado. Afinal, ele está sempre em busca de uma maior compreensão do reino de Elfrieden.
Continuando no presente: Liscia, Souma e Aisha estão observando o trabalho das estradas. Souma explica como é feito o concreto usado para estradas limpas e resistentes, enfatizando sobre como ele usa seu conhecimento para melhorar Elfrieden. Também voltamos para o mesmo discurso o qual ele possui desde o primeiro episódio; onde o mesmo deseja apenas deixar tudo melhor preparado para Liscia assumir a coroa. Nesse ponto da história, a princesa não deseja mais que ele volte para seu mundo, ainda mais agora que tem a certeza que ele não possui mais família. Se não tem para quem voltar, fica com quem lhe deseja (pelo menos é isso que vejo Liscia imaginando).
Também nos é enfatizado como Souma não usou a figura de Cao Cao atoa, visto sua exigência para Hal em o chamar pelo nome de forma convencional, e logo o considerar o primeiro amigo o qual ele passa a ter nesse mundo. Mas esse episódio não foi de diversão, apesar de começar como um. Aisha recebe um aviso de um desastre em sua vila, e já havia uma certa quantidade de mortos.
Esse é o ponto alto do episódio; apesar de tudo de eu ter dito parecer uma enrolação, foi importante para esse ponto crucial. As estradas permitiram um acesso mais rápido para a vila de Aisha; a dica de Souma sobre como cuidar melhor da floresta foi um aviso do que houve; e os novos aliados adquiridos nos últimos episódios serviram como uma maior ajuda para o resgate, totalizando 64 pessoas para a função. As estradas também permitiram no reforço para alimentação e reconstrução na qual a princesa Liscia ficou encarregada de trazer da cidade.
A verdade é que esse episódio foi um resumo de consequências, tanto positivas quanto negativas. De ações seguidas e das negligenciadas. Parte dos Elfos Negros não queriam abordar o uso do manejamento florestal, já que tudo era sagrado. Por consequência, um grande deslizamento ocorreu. Mesmo Souma afirmando que não teria como evitar algo do tipo; o quanto a própria natureza é forte e o máximo que eles podem fazer é saber conviver em equilíbrio; o próprio não tira a culpa da cabeça. Ele reconhece seu foco maior nas estradas; economia e dentre outros problemas centrais; mas, havia esquecido completamente de outros problemas como o próprio aviso de Aisha sobre as mudas novas morrerem e apenas arvores velhas se manterem. Ele soube administrar tudo, menos o óbvio de um desastre natural o qual lhe foi alertado desde o começo. A opção de visitar a vila de Aisha foi dada, mas ele preferiu focar no “importante”.
Imaginem ser um Rei vendo seu reino prosperar e quando todos estavam felizes, uma de suas amigas mais fieis já havia perdido metade de sua família antes mesmo de você conseguir chegar para ajudar. O peso da culpa também cai sobre os ombros de um pai o qual foi contra ao manejo e acabou perdendo a esposa; tendo a filha salva por um triz. Por sinal, foram os Fantasmas Vivos, magia especial de Souma, que ajudou na busca pelos corpos dos vivos e mortos. Apesar do anime claramente amenizar a situação, temos uma boa noção de como os menos sortudos ficaram. Souma sem perceber está mais perto da postura de um Rei, seja essa estrada como as que ele construiu (limpas e seguras); ou através de desastres que ele poderia ter ao menos amenizado os danos (como o da vila dos Elfos Negros, os quais ele ignorou a rixa entre os que desejavam melhoras e os que defendiam a natureza como frágil). Claro que com tudo isso não só o Rei mas o próprio exército real ganha novos aliados, mas com um custo alto.
Souma aprende a lição de não focar apenas em um problema; e claramente é uma lição que se provará importante dado a falta de reconhecimento dos três Duques. E os Elfos Negros, representado pelo tio de Aisha, aprendem que a natureza está longe de ser frágil, e caso não tomem cuidado, o que deveria proteger pode matar. O Rei que precisa reconstruir seu reino enquanto vive vigilante para pequenos detalhes que pode se tornar um verdadeiro desastre.
Total de 577 visualizações