Pôster Oifical

Bem, existem muitos animes nesse ano; alguns mais fracos, outros mais famosos; porém, com toda certeza o gênero Isekai é um dos mais conhecidos e nos quais muitos já devem estar cansados de acompanhar.

Sempre o velho clichê do herói que vai para outro mundo; descobre ter novos poderes; é visto como a esperança da humanidade; e claro, possui um harém de mulheres só para ele. Mas, não é bem esse o caso quando falamos de “Genjitsu Shugi Yuusha no Oukoku Saikenki; ou também conhecido como “How a Realist Hero Rebuilt the Kingdom”. Não me entendam mal, existe sim os clichês não só do gênero, mas dos animes em gerais, mas é em suas particularidades que esse anime pode se tornar um grande destaque em relação aos outros animes do mesmo tipo.

Essa será uma apresentação desse possível destaque na fandom, para mim já é. Por essa razão, eu irei evitar o máximo de spoilers nessa análise, sendo mais detalhado nas futuras resenhas dos episódios semanais, os quais serão 13 ao todo. Antes do que interessa, a sinopse:

“Oh, herói!” Que frase clichê. Kazuya Souma foi convocado para outro mundo e sua aventura… nunca começou. Depois de apresentar seu plano para fortalecer a economia do país e suas forças armadas, o rei cede o trono a ele e Souma agora lidera uma nação. Além do mais, ele agora está noivo da filha do ex-rei. Para devolver este país à sua antiga glória, Souma convoca o povo mais sábio e gracioso do território, apenas para que cinco pessoas lhe apareçam.Quais serão os talentos que essas pessoas possuem? Que caminho esse herói realista seguirá para salvar o país da miséria? Uma aventura administrativa de um herói convocado para outro mundo começa!”.

O anime nos mostra Souma Kazuya, um jovem japonês que está seguindo com sua vida normalmente, um cidadão comum a procura de um emprego comum para uma vida agradável. Por sinal, é quando ele vai devolver o livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, que ele acaba sendo tragado por um portal e levado para o reino de Elfrieden. O engraçado é que o anime já vai dando pistas do foco da narrativa ao mostrar qual livro ele estava estudando por conta própria.

Logo após isso o rei atual resume a situação: O Supercontinente de Landia há dez anos fora invadido por uma horda de monstros vindo de um vazio chamado de “Mundo dos Demônios”. Cada reino, dividido por várias raças, uniram forças para tentar espantar a ameaça, mas falharam. Com isso, um terço foi conquistado e reconhecido como “Domínio do Lorde Demônio”.

Sim, vocês devem imaginar que agora o herói deve ajudar a derrotar essa ameaça, correto? Também foi o que o nosso protagonista pensou, com uma clara reação de “Não conte comigo, vou morrer na primeira porrada!”. Aqui já devo, se não tiverem notado antes, enfatizar a personalidade do protagonista: ele é um realista; sabe a vida que deseja; sabe que não dá para simplesmente ir para outro mundo e derrotar monstros que ninguém conseguiu; e ainda por cima, não deseja isso. Isso não o torna ruim, pelo contrário, ele é uma boa pessoa, tão boa que ainda tenta se manter calmo mesmo sendo tragado para outro mundo (Outro detalhe interessante, visto que a maioria das histórias acabam nos mostrando alguém que até prefere aquele mundo, ou mal possui uma demonstração maior de medo ou rejeição). Bem, como eu estava dizendo, todos erraram. Nosso protagonista não foi chamado para ajudar a derrotar os monstros, pelo menos não de forma direta; mais sim, convocado para salvar o reino de uma catástrofe econômica?

Pois é, Souma Kazyua será o salvador de um reino sem muita organização, e cheio de problemas econômicos, para que o reino possa prosperar perante os outros até voltar a ser forte novamente para se impor. Claro que ele faz isso muito mais pela necessidade do que por pura bondade. Ele é um herói, mas esse herói também pode ser feito de refém pelo Império que necessita de mais guerreiros e dinheiro para continuar a luta direta, e isso o força a começar um trabalho no aconselhamento de melhorias para o reino de Elfrieden.

Não é preciso de spoilers para já saber que ele consegue; e vai tão bem no trabalho que o Rei atual entrega seu posto para Souma. Sim, ele se torna Rei. E não, ele não fica nada feliz com isso. E também imagino que dificilmente algum dos leitores dessa resenha/apresentação um tanto longa, iria gostar dessa nomeação. Com isso vem papeladas e mais papeladas, além de uma responsabilidade de liderança muito maior, afinal, todos os reinos estão querendo saber como será o novo Rei. E se ele vai merecer suas lealdades.

A cara da própria felicidade

De brinde, o seu antecessor arruma um casamento com sua filha, e nosso querido protagonista se torna Rei e noivo de uma princesa. Liscia Elfrieden apesar de princesa estava até então em um dos exércitos; disparando feito louca de volta para casa após saber da notícia. Após os maus entendidos serem resolvidos, ela demonstra ser alguém que se importa com o reino; afinal, a mulher foi para a guerra; e deseja aprender junto com o novo Rei. A química entre ambos funciona sem um ser muito superior ao outro. Souma possui um conhecimento que aquele povo não possui, mas não age como um louco aproveitador de uma coroa. Já Liscia, não se mostra uma personagem extremamente irritante ou exageradamente violenta; ela é uma mulher comum que possui seus desejos para si e para seu povo e que sabe reconhecer o que precisa aprender; além de bastante compreensiva e autocrítica. É justamente com a mistura de duas mentes, com seus próprios conhecimentos, que ambos vão se dando bem. É claro, vemos o nascer do romance, por hora só por parte de Liscia, através do respeito e admiração.

Princesa Liscia

Por sinal, antes que eu me esqueça, nem mesmo o poder mágico do nosso herói é algo descomunal como os da própria princesa e outros personagens. Seu poder é útil justamente para o trabalho tático, o qual é o forte dele, podendo transmitir sua consciência para outros objetos (Inicialmente limitado a três, mas logo ele vai conseguindo se afastar mais; podendo ler informações importantes durante uma conversa ou até mesmo controlando um boneco capaz de lutar a distância).

Antes de ir para o final, detalhando como ele irá reunir seus aliados, é importante informar que o mundo em que ele se encontra possui características invertidas. O que futuramente cria uma situação um tanto engraçada com o seu nome oficial para aquele povo. E também, nesse mundo uma semana são oito dias, parece uma besteira, mas é uma informação relevante para um futuro possível “harém”. Tanto o homem quanto a mulher podem ter no total um marido ou esposa por um dia de forma oficial. Não preciso estar acompanhando o manga para saber até onde isso pode dá. Mas é interessante a reação do protagonista que age mais como alguém se questionando se seria algo bom ou não com sua noiva. Ele não surta de alegria por poder ter oito mulheres, pelo contrário, imagina se não afetaria seu relacionamento; além disso ter mais importância com suas lembranças com seu avô sobre o motivo de ter uma família. Como disse, é algo que provavelmente falaremos mais no futuro.

Para finalizar, pois até eu sei quando exagero na quantidade de palavras, a grande atitude de Souma, que já se encontra na sinopse, é recrutar o maior número de aliados “úteis” para um novo reino, um reino em que o próprio assume que em tempos de paz o antigo Rei poderia liderar, mas são tempos tempestuosos. Ele não se importa com a raça, etnia, classe social ou o quanto de dinheiro tem no bolso. Ele deseja apenas utilidade. Se baseando na figura histórica Cao Cao, que vivia em busca de pessoas com habilidades únicas, ele anuncia para todo o reino a busca por pessoas extraordinárias, prometendo um título de destaque e até recompensa em ouro também para quem divulgar um outro indivíduo capaz. Essas pessoas vão ganhar mais ouro do que alguns senhores de poder que perderam os seus (não, não é piada, é literal mesmo). Com isso é formada a equipe do nosso protagonista, contando com a princesa Liscia.

E já fiquem sabendo que não são todas mulheres, o foco de fato é na capacidade de cada indivíduo: uma bela cantora com uma voz que pode servir para entregar informações e acalmar ou animar o povo; um humilde homem gordo e bastante nervoso, o qual possui o conhecimento de várias formas de criar alimentos (por sinal, ele é o que mais deixa Souma feliz); uma elfa negra habilidosa no campo de batalha, mas preocupada com o futuro de sua terra; uma pequena jovem da raça dos homens cães, vinda de uma comunidade mais isolada e pobre, tendo a capacidade de falar com animais mas com um poder muito mais interessante que é deixado em segredo (isso torna as possíveis intrigas políticas mais interessantes); e por fim, um jovem rapaz bastante inteligente que acaba se tornando o conselheiro do Rei e futuro braço direito.

Equipe do Protagonista (Retirada do VK)

Eu poderia falar muito menos só dando o resumo dos personagens que vocês já teriam uma noção de para onde esse anime vai, mas sabem qual é a verdade? Eu realmente precisava falar desse anime após tantos do gênero que não fugia muito do já conhecido. Novamente, não me entendam mal, eu gosto de um bom clichê, mas esse anime me surpreendeu por me fazer ficar interessado sem ainda ter uma batalha. Apenas um jovem comum, com um bom conhecimento, que está tentando reajustar o reino com uma equipe capaz de suprir as necessidades que nem o próprio povo tem noção.

Ainda não comecei a acompanhar o manga, nem a light novel, por isso não posso falar tanto das diferenças entre a adaptação e a obra original, sabendo que normalmente amenizam certas coisas. Mas acompanharei a obra até o final e trarei resenhas de cada episódio, dessa vez muito mais curtas e com spoilers.

 

O anime é feito pelo estúdio J.C. STAFF Studios através da direção de Takashi Watanabe (Bishoujo Yuugekitai Battle Skipper, Boogiepop wa Warawanai, Hidan no Aria); com Gou Zappa (Ahiru no Sora, Bokutachi wa Benkyou ga Dekinai) e Hiroshi Oonogi (Fullmetal Alchemist: Brotherhood, Seisen Cerberus: Ryuukoku no Fatalités) com a produção e supervisão dos scripts; Mai Ootsuka (Hanamaru Youchien, Houkago no Pleiades, Kono Yo no Hate de Koi wo Utau Shoujo YU-NO) é responsável pelo design dos personagens; e Akiyuki Tateyama (Gakuen Basara, Ilha, Shimoneta para Iu Gainen ga Sonzai Shinai Taikutsu na Sekai) cuida da trilha sonora junto de Jin Aketagawa. No ocidente a distribuição está a cargo da Funimation, também com episódios dublados.

 

Espero que tenham gostado, e que realmente deem uma chance ao anime e acabem gostando, mais análises viram, dessa vez por episódio e detalhando mais sobre os acontecimentos. Até a próxima.

Fontes:

https://natalie.mu
https://somoskudasai.com
twitter.com/funimation_bra

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