Enquanto que no episódio oito tivemos um peso dramático o qual foi fortalecido no início do episódio nove, mesmo que claramente de uma forma bastante rápida, nesses dois últimos episódios víamos o início de algo inevitável: A Guerra contra os Três Ducados, mais os aproveitadores de Amidonia. Mas vamos por partes.
Souma ainda está se recuperando do ocorrido na vila dos elfos negros; independente se leram o mangá/novel ou não, é nítido que faltou mais peso na cena, uma dose extra, mas a mensagem foi passada. Ele cada vez mais demonstra uma preocupação maior do que um simples rei regente, e como tal, se esforça em esconder sua tristeza ou “fraqueza” como dito. O contexto sobre a preocupação da Liscia e de como Juna decide ser a portadora de sua fraqueza, enquanto Liscia é quem será a de sua força, se tornaria mais evidente se ambas aparecessem antes da conversa, ou se pelo menos a conversa entre Souma e Juna fosse melhor aproveitada. Tirando isso, esse início foi decente.
Nos falta mais três episódios o que justifica um certo ar de aceleração mesmo com as informações dadas, falta ver se vão completar essa temporada de uma maneira que faça bem para a obra e que agrade que está acompanhando (não sei vocês mas odeio quando um anime não vai para frente mesmo sendo bom).
Voltando para os episódios. Vemos uma breve reunião entre os três ducados com Georg Carmine; Excel Walter; e Carlos Vargas. Parabéns mulheres, vocês são a voz da razão aqui. Enquanto Carlos está insistindo em não aceitar o novo Rei mais pelas amizades com o antigo e com Carmine; o próprio Carmine que é reconhecido por sua lealdade está insistindo em uma guerra pelo Rei ser de fora? Ou por que ele expulsou os corruptos? É, a duquesa Walter também fez os mesmos questionamentos, afinal, o trono é cobiçado, mas de acordo com Carmine ele só deseja colocar o antigo Rei de volta ao seu lugar. E de quebra, no meio dessa discussão entra Carla Vargas, filha de Carlos, que deseja lutar a favor do pai para proteger sua amiga Liscia. Olha, irei relembrar: Liscia é a princesa do reino que os três duques protegem e servem; a portadora da força de Souma; a pessoa que enviou Juna por ter ficado preocupada após o desastre dos elfos negros; a que falta falar para o protagonista “Esquece o mundo anterior, fica aqui e tenha filhos comigo!”. Mas para Carla Vargas, Souma deve ter usado algo de ruim pois deve lutar contra ele pelo bem da amiga. Sim, essa família não pensa bem e teremos a certeza daqui há pouco.
Inicia-se a reunião e claramente a decisão final foi a guerra. Souma insiste para que Carlos volte atrás, mas a cabeça dura não ajuda; com Carmine ele nem tenta, já deixando claro que por ter protegido os nobres corruptos, sua posição estava decidida, ele só queria saber o motivo. O motivo? Morrer como guerreiro pois ele vivia como um guerreiro. Imaginam uma grande guerra vindo entre os dois, certo? Bem, veremos. Já a Duquesa, bem, digamos que ela jura lealdade ao Rei com a confirmação que não vão se rivalizar nos combates navais, mas aí que vem o pulo do gato.
Duquesa Walter já estava em planos com Souma, junto de Juna que foi até o reino de Elfrieden para avaliar Souma, e como já sabemos, Juna o havia considerado seu rei. Então, tudo desde a reunião dos três Duques foi mero teatro e tentativa de convencer Carlos de mudar de ideia. Já podemos ver que Souma já havia se preparado. Na verdade, vemos isso logo após.
O Exército Proibido do Rei havia construído uma fortaleza em frente ao castelo de Carmine. Isso não só deixou o exército inimigo assustado como deu uma boa vantagem em resistência para Hal e Kaede; tudo foi possível devido ao exército ter aprendido mais sobre a construção de estruturas e das estradas construídas pelos próprios terem acelerado o processo. De qualquer forma, além do clima que rola entre Kaede e Hal em um contexto que todos pensam que vai dá ruim, os elfos negros aparecem para dá suporte. Podemos ver que tudo que Souma construiu e ajudou acabou dando frutos: Hal que era um rebelde que só pensava em glória, ao ser poupado, teve a chance de reconhecer o novo rei e aprender mais com Kaede e tudo que era feito; Kaede por reconhecer o novo rei e admirar suas reforças, ganhou experiência na liderança e na formação de construções com sua magia de terra; e os Elfos Negros, uma raça bastante isolada, decidiram por conta própria ajudar o novo rei após ter sidos ajudados quando houve o deslizamento que matou boa parte de sua população. Tudo que Souma já fez está se convergindo nesses últimos episódios, tanto para o bem quanto para o mau. Esse cenário, apesar da esperança, é finalizado com uma cena ambígua da chegada da frota aérea, parte de Carlos Vargas. Mas como no episódio, voltemos para a noite anterior.
Carlos está lendo e refletindo sobre a guerra; seu orgulho é mais nítido aqui, lutaria pelo seu amigo Carmine, mas não entraria em guerra para ajudar corruptos, então ele esperaria no castelo. Sua inteligência também, apesar de ter uma cabeça dura, ele sabia que na melhor das estratégias, ele era o melhor alvo de Souma se fosse considerar números. E a ironia? Agora ele está admitindo que o novo rei não deve ser uma decepção, mas já é tarde para voltar atrás quando enfatiza isso ao mesmo em uma chamada por holograma (Eu sei que existe um termo mais técnico nesse mundo para isso, mas vou continuar chamando assim). Após mais uma tentativa de Souma de convencer Vargas a mudar de lado, o ataque começa. Tanto Carlos quanto sua filha são surpreendidos por um navio com rodas (mais uma adaptação de Souma de nosso mundo para o mundo deles). A decisão não foi outra senão atacar o navio. Carla Vargas lidera mas é surpreendida por ataques que normalmente se encontrariam em muralhas ou terra firme, mas também haviam sido adaptados para um veículo locomotivo. Claro, eles levam um tempo, mas descobrem o ponto fraco, e ironicamente, assim como o pai, Carla passa a repensa sobre o rei. Deve ser de família.
Agora vamos para o terceiro pulo do gato, também conhecido como “O Climax que deixei para o final apesar de surgir no começo”. O Rei de Amidonia, junto de seu filho, já estão em sua posição, como Souma e Haluyia (seu conselheiro e braço direito), imaginavam que aconteceria. Com um nobre demonstrando medo e prometendo que iria entregar o local, mas que precisava de tempo, o exército inimigo aceita, afinal, ter baixas por pessoas tão baixas não era favorável. Mas aí sabemos que a Duquesa Walter já estava naquele lugar, e fez a reunião por holograma de lá mesmo. Em palavras mais curtas: a reunião sobre a guerra já era combinada com ela. Tudo planejado e de acordo com os conformes, agora falta saber como ocorrerá o sucesso de Souma. O sucesso é um tanto claro após tudo que já vimos, mas como ele o fará, com suas estratégias que nem os mais experientes guerreiros imaginariam, é que fará a diferença .
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