O coleguinha diz adorar RPG, mas reclama do texto grande que o outro coleguinha postou para detalhar o background de seu personagem.
Na minha singela experiência de quase três décadas de jogatina, humildemente, sinto-me no direito de, ao menos, me (e atentem para o me) questionar sobre essa atitude.
Observem a conversa abaixo:
“Olha pessoal, para a crônica de vampiro, preciso do background das senhoras e senhores até a véspera do jogo.
Joãozinho empolgadissimo para aplicar os combos que aprendeu, dispara:
– Eu vou de Seguidor de Set Samurai!!
– Ok Joãozinho… mas essa é uma crônica de Vampiro em Nova York no ano no ano de 1992, como vai encaixa-lo?
– Ué!? Eu que tenho que encaixar? Pô mestre, vou ter que escrever isso tudo? dá um jeito aí! Posso ter amnésia?”
Podemos abordar o “problema” por diversos ângulos, mas sejamos simplórios, e nos prendamos as seguintes questões: Como lidar com situações semelhantes? Acham justo que coesão e a diversão de uma sessão, seja de responsabilidade exclusiva do mestre? E quando o mestre é profissional (remunerado) ele tem a obrigação de ser incrível?
O @historiassobrehistorias acredita que o melhor do RPG aflora quando a construção e a “contação” da história é, de certa forma, compartilhada entre mestres e jogadores. Quando o grupo atinge essa sinergia, as aventuras ficarão para sempre na memória de todos.
Mestre, experimente compartilhar a narrativa, aproveite o passado dos personagens.
Jogador, o mestre não é o único responsável pelo sucesso da sessão, ajude-o! Deixe ganchos em sua hiatoria para ele utilizar. Mesmo que a solução para um problema seja óbvia, investigue, amplie as possibilidades.
Inspirem-se! E vamos contar histórias noobinhos!
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