Normalmente, quando uma serie chega ao seu finale, os fãs ficam órfãos. Supergirl, por outro lado, conseguiu ir além com suas temporadas que, apesar de serem fictícias, falar figurativamente com a realidade que o mundo está passando.

Na crise humanitária dos refugiados, onde pessoas, muitas sem suas famílias, tiveram que abandonar suas nações devido a conflitos políticos ou guerras, a segunda temporada de Supergirl mostrava os alienígenas em National City como aqueles que saíram de seus planetas buscando uma vida melhor na Terra, assim como a própria Kara, que dizia isso em seu monologo de abertura dos episódios.

A 3ª temporada foi a mais sombria para a garota de aço já que, no season finale passado, para impedir a invasão dos daxamitas, ela decidiu usar a ideia de Lena, espalhando chumbo no ar, que expulsaria os invasores, mas também Mon-El, que Kara amava. Ela precisou lidar com o luto da perda, assim como o retorno dele, que foi parar no século XXXI e, agora, estava casado com Imra, a Garota Saturno. Tudo isso também trazendo a temática da fé, tanto da própria Supergirl, como também do culto a Rao, deus dos kriptonianos, que cresceu em National City, e o despertar das Destruidoras de mundo Regia, Pureza e Pestilência.

Voltando a temática paralela dos aliens, a quarta temporada apresentou um crescendo movimento ódio contra alienígenas, liderado pelo Agente da liberdade e financiado por Lex Luthor.

O tema da tecnologia estava presente na 5ª temporada com Obsidian, criada pela empresa de Andrea Roja, uma tecnologia que conectou as pessoas ao mundo virtual, que podia faze-las fugir da realidade, assim como aqueles que usam os smartphones como forma de evitar a realidade.

Por fim, a sexta temporada, que se dividiu em dois momentos, com Kara presa na Zona fantasma e seu resgate e, depois, na ameaça de Nyxly e a busca dos totens (coragem, humanidade, esperança, sonhos, amor, verdade e justiça) para formar a Pedra absoluta. Isso levou Kara a um desafio pessoal, uma vez que os totens poderiam potencializar o que eles significam, mas também retirar daqueles a sua volta, os tornando complexos de usar, seja como arma ou como defesa. Ao mesmo tempo, isso a levou a um conflito pessoal, já que estava preocupada com os ataques de Nyxly e estava se descuidando de sua vida pessoal, a fazendo não conseguir mais equilibrar suas duas identidades.

Além dessas, também houve temáticas que duraram ao longo da serie, como a homossexualidade de Alex, racismo, transexualidade, ansiedade, adoção… Mas, entre todos os temas, um esteve presente do inicio até o final da serie: Esperança. Não a toa, na Crise, foi revelado que Kara é o paragon da esperança e, na busca pelo totem da esperança, já que Nyxly deixou para Supergirl resolver, por ser a especialidade dela.

É uma serie que fará falta. Não são muitas as series que conseguem fazer esse paralelo e falar com o público de maneira tão intima, utilizando do fantástico.

 

Mas não será um adeus completo, já que Alex Danvers retornará em Armageddon, crossover de Flash. Além disso, Melissa Benoist disse aberta a voltar como a heroína, embora também tenha dito que não sentirá falta das cenas de voo. Lembrando que no final, Kara, para uma entrevista com Cat Grant, revelou ser a Supergirl, algo deve reverberar nas demais series.

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